terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

O Dia que eu Morri - Capitulo 1

A floresta estava escura e deserta, mas ela sentia aqueles olhos a vigiando, se sentia sendo vigiada, assim como semanas atrás. Mas ela tinha que achar Shitwu, o cachorrinho da Senhora Flores, e é o que ela estava fazendo.
- Shitwu - gritava, quando caiu num buraco de terra - Aiii - quando olhou para cima deu de cara com um jovem quem nunca vira antes, e olha que morava na pequena cidade de Mystic Fall, desde que se entendera por gente. .. A sua vida toda, e nunca vira ele antes ali.
Mas ele era lindo, com seus olhos verdes esmeraldas, e cabelos pretos acinzentados. Ele era um banquete para a perdição, para o Pecado.
- Quem é você? O que faz aqui? Não devia ficar por aqui, é uma mata particular. .. - ela ia prosseguir mas ele a deteve.
- Digo o mesmo senhorita. .. - sua voz era rouca e a deixava ainda mais excitada que com a sua aparência.
Ela se levantou e limpou sua roupa, que ficou cheia de terra com a queda, mas por sorte não machucara nada.
- Estou procurando um animal, que perdi.
- Um cachorro? - sorriu com o canto da boca.
- Sim. - ela não conseguia parar de olhá-lo.
Ele ficou parado, sem dizer nada, nem sequer tocá-la. Ela não o conhecia, mas algo a dizia que não precisava ter medo dele, ele a deixava tranqüila.
Ele fechou os olhos, como se estivesse sentindo a brisa passar.
- Ela esta pra lá - apontou para o leste.
Como sabe? Ela nem perguntou, só sabia que ele estava certo. .. E estava, pois quando ela chegou na estrada deu de cara com o pequeno Burdogue Frances, latindo desembestado para uma arvore, onde tinha um gavião, la, a olhando. .. A encarando, assim ela sentiu um arrepio passar por seus braços, eram aqueles olhos que a vigiavam, algo a dizia que eram. .. Ela se movimentou e pegou o cãozinho, sem medo dele a morder, ele estava histérico.
- Ele pode te morder. - repreendeu o estranho, mas ela não o ouviu, e o pegou no colo, o cãozinho, ficou calmo e não deu um latido sequer, mas continuava olhando o gavião no alto da arvore, assim como ele os olhava.
O belo se assustou com a habilidade da bela em acalmar a fera, mas isso ele já havia visto antes, assim como o olhar daquele enorme gavião, que ele encarou sem medo, procurando por algo, entre sua mente.
O Gavião num movimento voou em direção a eles, assim que Shitwu latiu novamente, parecia que ele previa que o pássaro faria isso. Ele voou ao encontro deles, e o belo foi para cima dela, e protegeu-a e o cão.
- Cuidado.
O pássaro se foi, voando logo depois que atingiu o braço do moço.
- Seu braço. .. - ela se apavorou, mas ele parecia que sequer sentia que o pássaro o havia machucado.
- Não foi nada. - olhou para o machucado com desprezo.
- Deixe eu ver, eu posso. .. - quando ela ia tocá-lo ele recuou e se distanciou.
- Não. .. Eu me cuido sozinho.
- Podemos ir até o Pet shop, senhora Flores, vai buscar o Shitwu, e eu posso cuidar do seu ferimento, lá tem remédios que podem servir para humanos. ..
Humanos. .. Era algo que ele não se dava por entendido.
O gavião, ela não pode ficar sozinha, ele vai voltar. - ele pensou.
Ele mudou de expressão de uma hora para outra, antes ele tinha um expressão de que estava longe, mas agora, ele tinha um foco. .. Só não se sabia qual era.
- Vamos para o meu carro. .. Eu o deixei na estrada, logo ali - apontou para um Porsche lindíssimo, um reluzente Turbo 911 preto.
Assim como as roupas dele, o carro não deveria ser normal, para os padrões. Ela o obedeceu e entrou no carro com o seu cachorrinho, que não parava de olhá-lo.
Ele não disse uma palavra sequer, até que chegaram ao Pet shop, que ficava um pouco depois da floresta. Ela deixou o cão na jaula para que ele não fugisse novamente, e foi pegar os remédios, para o machucado dele.
- Qual é o seu nome? - ela perguntou quando pegou ele olhando ou talvez encarando a noite, la na floresta.
 
- Caleb.
- Caleb. .. - repetiu - Nome diferente. .. O meu é Meredith, mas pode me chamar de Mery.
- Mery. Assim como Maguie, ela é tão parecida com ela. .. Idênticas. - ele estava longe, e sequer pecebeu quando ela falou com ele.
- Isso vai arder um pouco, o ferimento não foi tão grave. La parecia pior. ...É como se tivesse, curado. .. Isso é patético. - riu dela mesma - Se prepare. - ela espirrou o remédio, mas ele não teve expressão alguma, como se nem tivesse sentindo dor alguma.
Ele continuava longe, com seus pensamentos.
Nisso senhora Flores, chegou para pegar seu cãozinho de estimação.
- Shitwu, meu querido. .. Mamãe sentiu saudade.
- Que peculiar, como chamar seus animais, são como se fossem seus filhos, mas meu pai, nunca me chamaria assim.
- Mery, querida. .. Ele é seu namorado? Começou a trabalhar aqui? - ela encarou sorrindo o belo - Ele é muito bonito.
 
- Não, senhora Flores. Este é. .. Caleb. .. Um amigo. - suas bochechas ficaram rosadas com o comentário da senhora.
- Caleb de que?
- Caleb. .. - parecia que ele pensou antes de responder - Volturie.
- Volturei. .. A família mais importante da década de 1880. Mandavam e desmandavam aqui em Mystic Falls.
- Sim - ele nem sorria, era sempre serio, mas mesmo assim lindo.
Ela se foi, assim como chegou. Senhora Flores, morava aos arredores da Floresta, isolada de qualquer outro ser humano, somente Mery conversava com ela, e seus falecidos pais, que tomavam conta do Pet shop, que agora pertencia a Mery e o irmão, Joseph.
- Você. .. - ele enfim de dirigiu a ela - Mora por perto? Saberia de um lugar para eu ficar?
- Sim, claro - ela sorriu - Moro no hotel de minha avó, é um ótimo hotel e o único da cidade - Você deve ser muito importante, mesmo. Nem precisava saber historia, resta saber sobre. .. Moda. .. - olhou ele de cima para baixo, ele se vestia como um modelo da Vogue, mas era muito mais bonito que um, mas a brancura era igualmente.
- Como ela disse, minha família é muito importante. ..
- Veio sozinho?
- Sim. .. Meu. .. minha família ficou na Itália. .. - ele pouco se importava, com o paradeiro deles - Poderia me levar até o hotel?
- Sem duvida. ..
Quando chegaram ao carro ele sentiu náuseas, e tonturas. O cheiro dela, é tão viciante. .. Uma tentação. .. Mas eu tenho que me controlar, tenho que sair de perto dela o mais rápido possível, ou não respondo por mim. .. Mas eu tenho que protegê-la. .. Dele.
Se ouviu piar do gavião novamente, ele os estava sobrevoando, os vigiando.
- Vamos - ele entrou no carro e se apoiou no volante.
- Esta bem? Esta tão pálido. .. - ela o tocou, mas logo o soltou, como se algo a havia evitado de tocá-lo - É tão. ..gelado. ..
- Eu sou gelado. .. É normal. .. - olhou novamente para a floresta - Não esta com frio?
- Pouco. - sorriu
Ele era enigmático, e era isso que a deixava ainda mais interessada nele.
Quando chegaram ao hotel, ele colocou as malas no chão e olhou para o horizonte e enfim sorriu. Meu lar. .. Mais um dos meus milhares lares. .. E tudo começou, de novo.
- Vamos, vovó Carminda pode fazer sua ficha. .. Temos bastantes vagas - ela já estava o esperando na porta do hotel.
- Este é o seu quarto - ela o levou até o lugar onde seria o lar dele.
- Obrigado mademosele.
Ela riu, ele dizia coisas que o fazia parecer ainda mais com um. .. como se diz. .. galanteador. .. Ou talvez, Cavaleiro. ..
- Se precisar de alguma coisa. .. Estou no quarto 30, ao lado.
- Pedirei - murmurou mas sequer a olhou, ele olhava para o quarto todo, como uma decoradora, organiza todos os lugares para os mínimos detalhes.
Quando ela fechou a porta ele nem percebeu, ele estava tocando o pequeno criado mudo do lado de sua cama.
Ele abriu sua bolsa e tirou de la, um retrato, que nele tinha a imagem de uma família feliz do século 18. E ele estava nesse retrato, ele a colocou com todo cuidado sobre o criado mudo, como se tivesse escolhido aquele lugar especialmente para o retrato, Caleb sabia que antigamente nem se existiam retratos ainda, mas este ele mandara fazer especialmente para ele, com um quadro feito por um pintor amigo da família, assim era como se ele tivesse tido uma família como as outras, ainda nesta época, por mais que isto seria impossivel.
De repente as náuseas e tonturas voltaram, ele estava fraco, faminto e sedento por alimento. Um alimento que para muitos, não servia, mas para ele aquilo era a vida. Uma vida que ele poderia tirar de qualquer um se continuasse ali, daquele jeito. Quando ele passou praticamente voando pelo saguão do hotel, no relógio marcavam 12h00min noite. O horário em que ele enfim era livre, para se entregar aos seus instintos de caçador.
- Aonde ele vai? - perguntou um senhora, que antes falara com eles, era a avó de Mery, a dona do hotel.
- Sei lá, ele acabou de chegar... Talvez tenha esquecido algo, em algum lugar. - respondeu uma bela moça que morava no quarto numero 27, bem próximo do de Caleb e Mery - Com licença senhora Carminda, vou dar uma voltinha - sorriu alegremente e se dirigiu a porta do hotel e ficou olhando para o horizonte, assim como Caleb havia feito antes na floresta para achar Shitwu, mas ela sorriu parecendo que havia achado o que procurava - Sabia que ele viria, estava esperando por você. .. MEU AMOR.

CONTINUA...

Web Novela de: Maiumi Yoko

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